
Movimento lógico
Omoda prepara o crossover C7 para encarar os híbridos médios n o Brasil
por Jorge Beher
Autocosmos.com/Chile
Exclusivo no Brasil para Auto Press
A Omoda nasceu para ser uma divisão mais estilosa da Chery e pretende montar uma gama de SUVs completa. Por enquanto, apenas o médio-compacto híbrido C5 e seu equivalente elétrico E5 estão ativos e se espalhando rapidamente pelo mundo. Enquanto o compacto C3/E3 termina de ser aprontado, a Omoda já tem um segundo modelo já pronto – e foi inclusive visto rodando no Brasil. Trata-se do híbrido médio C7, que foi experimentado na China e está bem focado no segmento em que hoje estão os conterrâneos BYD Song Plus e GMW Haval 6.
O C7 usa uma plataforma estendida do Omoda C5 e está fortemente relacionado ao Jaecoo J7, já à venda no Brasil. Nessa briga, o Jaecoo visa a elegância, utilitarismo e off-road, enquanto o Omoda é design, tecnologia e visão futurista. O crossover mede 4,66 metros de comprimento e tem 2,72 metros de entre-eixos, o que o coloca no segmento tradicional de SUV C+. O design tem bastante identidade, com uma frente bem afinada, com uma grade paramétrica acompanhada por luzes led ocultas com um padrão hexagonal gravado a laser no para-choque.
As linhas formam a letra X, o que se repete com vincos na parte traseira. As lanternas horizontais trazem uma assinatura de luz em zigue-zague. De perfil, as rodas que remetem a hélice, as maçanetas embutidas nas portas, a frente alongada e a coluna traseira bem inclinada. A paleta de cores é limitada e aposta no futurista. Além do clássico branco, cinza e preto, há uma cor grafite fosca e um tom verde água metalizado.
Se o C5 ou E5 parecem elaborados demais nos detalhes e acabamentos, o C7 é o oposto. À primeira vista, segue o padrão da indústria chinesa, minimalista nos controles, com o console central do tipo ponte, bancos com desenho esportivo e algumas telas. O resultado de tudo isso é de muito boa qualidade, algo perceptível na maciez e textura dos plásticos, o design dos assentos, a qualidade dos couros sintéticos e os cuidadosos detalhes de design.
A Omoda quer democratizar os elementos de conforto mais típicos do segmento alto e oferecê-los neste modelo. Para isso, realizaram um estudo para descobrir as prioridades em um automóvel deste tipo. Os conceitos-chave foram o design exterior, a alta tecnologia, a relação custo/benefício e o estilo, mas também o foco no equipamento. Pelo menos na China, três recursos exclusivos do C7 foram altamente valorizados, como sua tela multimídia deslizante de 15,6 polegadas, o banco do passageiro com massagem, ventilação e reclinação de classe executiva, tipo pullman.
O pacote de auxílio à condução conta com 21 sistemas combinados, incluindo um novo programa de assistente de estacionamento chamado ParkPal, que pode reconhecer mais de 80 tipos de vagas de estacionamento e realizar a manobra automaticamente, além de sair por comando remoto. Também poderá contar com áudio Sony, um carregador sem fio e um sistema de iluminação led que supera a capacidade de alcance comum no segmento.
A Omoda destacou que o C7 estará disponível com os motores usuais do Grupo Chery, o 1.5 turbo de 135 cv com caixa CVT e o 1.6 Turbo de 183 cv com caixa de câmbio DCT7, acompanhada por um sistema de tração AWD. Mas também terá a versão SHS, Super Hybrid System, que é o sistema híbrido plug-in avançado de nova geração do Grupo Chery. É composto por um motor 1.5 Turbo de quinta geração, com alta eficiência térmica (46,5%) associado a uma transmissão DHT com dois motores elétricos e três marchas. O resultado de tudo isso é próximo de 308 cv e 510 Nm (52 kgfm) de torque máximo.
A bateria de 18,3 kWh pode chegar a 90 quilômetros no modo 100% EV e foi desenvolvida com três camadas de blindagem, tecnologia avançada de gerenciamento térmico e vedação que a protege da imersão em condições de água e poeira. Ao todo, o C7 pode atingir um alcance máximo de 1.200 km.
Primeiras impressões
Além da conta
Na pista de testes, o C7 SHS cumpriu os testes de aceleração, desaceleração, slalom e trechos de pavimento irregular com desenvoltura. O crossover arranca agressivamente, fazendo com que o carro pareça um pouco leve e a frente um tanto selvagem. Isso acontece quando você coloca muita potência em um carro que não é 100% projetado para ser conduzido de forma agressiva. O carro tem uma rota suave, mas às vezes parece flutuar um pouco – talvez falte peso ou uma melhor calibragem na suspensão.
Já a versão intermediária, com motor 1.6 Turbo e transmissão AWD, alcança uma sensação muito mais equilibrada e racional para o carro. O teste foi em um circuito misto, com curvas e slalom, onde o carro consegue capturar um passeio mais maduro em seus movimentos. Ele se mostra mais equilibrado e progressivo, com um maior controle.
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